sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Lance Armweak

Incrível os comentários que desculpam o ciclista dopado só porque os outros também o faziam... Se os outros se corrompem eu pra ganhar também me vou corromper? O desporto não é isso, ganhar não pode ser feito a qualquer custo. Um desportista e uma pessoa decente prefere perder do que por em causa os seus valores morais, éticos, legais e até a sua integridade física. Até é possível que o cancro no testículo tenha alguma ligação com as substância que ele tomava e como ele, há milhares de pessoas que sobrevivem a cancros, maior parte deles sem o apoio médico que ele teve.

 O iconoclasta.

Pedro von Hafe Leite

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Portugal

Nada melhor que um regresso a enaltecer as hostes portuguesas! E como eu estou sem tempo houve um brasileiro que o fez por mim, em resposta a uma crónica do Alvim no Jornal I. (mantive os erros, fazem parte) 




'querido alvim, ha um ano resolvi finalizar um documentario e por consequencia, armar minha barraca em lisboa ( sábia decisão ), fiz alguns amigos, conversei com o seu joão da pastelaria do poço dos negros, com a dona lurdes da frutaria da gomes freire, com o nuno taxista de são jorge de arroios, com primos, tios etc e ficou-me a sensação que o grande problema de portugal é justamente na escolha do que se deve falar para sí e para os outros. Venho de uma país sulamericano de terceiro mundo, que viveu crise atrás de crise: cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado e por ai vai, mesmo hoje sendo a sexta economia do mundo, posso lhe garantir que tem gente em ipanema que ainda hoje passa fome, sem falar em amigos músicos que tocam com as estrelas da mpb, e que por muitas vezes mal conseguem pagar a conta de luz. no entanto, o brasileiro tem orgulho do seu país, e a alto estima anda quase sempre em alta, com frases que dizem: " o meu time é o melhor do mundo ( mesmo que ele seja o bangu ) , " deus é brasileiro " baiano não nasce , estréia," " moro num país tropical abençoado por deus e bonito por natureza " ...mas afinal: e o sus? ( sistema único de saúde ) que mata milhares de brasileiros por mês em " hospitais" espalhados pelo brasil? e quem passa fome do vale do Jequitinhonha ao leblon? , e o desvio de verba pública ?( na cultura então nem se fala ). No entanto o brasileiro, vai a praia ( de mar ou da beira do rio ) , bate no peito e grita ( muitas vezes sem um dente na boca) e diz : EU SOU BRASILEIRO! ) . E Portugal ? portugal é aquele país que descobriu o mundo pelo mar em caravelas que mais pareciam casquinhas de ovo? o português é aquele " cabra macho" que se jogava ao mar ( de nazaré a sagres ) pra inovar na pesca e trazer a amazonia numa mala para a europa? ...e hoje tem medo de ganhar do atlético de bilbao no futebol? mas o que aconteceu com aquele português que era o “cara”? ...qual seria a solução para a crise? dar um chute no traseiro da troika? ,derrubar passos coelho e cavaco? colocar uma árvore de natal maior do que a da lagoa na marques de pombal? … sinceramente, Portugal tem que falar do que é bom: não apenas do pastel de belém e do vinho do porto, ou do azeite, tem que se orgulhar de ser um país lindo, de estar no centro do globo, cheio de cultura, que tem escritores de mão cheia como fernando pessoa, josé régio, valter hugo mãe, florbela, que tem uma música maravilhosa ( de zeca afonso passando por sergio godinho, palma, ary dos santos, alain oulmann, luísa sobral, zambujo, cuca roseta, gisela joão, ana moura ) que tem um sistema de saúde melhor do que o dos estados unidos da america e de todos os países da américa do sul, do clima maravilhoso, ter orgulho em ser um dos últimos paraísos não globalizados do planeta, de sua beleza natural, dos socalcos do douro, as olarias do alentejo, da joia de sintra aos castelos de monsaraz, ourém obidos, é o país do cristiano ronaldo, do euzébio, da amalia, mas também do pedro , da marta, da sofia, da ana, desse povo que ainda vai a tasca e come com 5 euros, que tem empregado e empregador como melhores amigos. Portugal tem que falar do que é bom! a solução é essa!, apartír dai, tudo melhora,olhar pro mundo ( pra áfrica, pras américas, pra ásia ) e depois perceber que Portugal é o melhor lugar do mundo e apartír dai, buscar soluções, alternativas pra levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima! viva Portugal !'

Pedro von Hafe Leite

terça-feira, 20 de novembro de 2012

E mais uma vez...

...Israel e a Palestina entram em conflito. Voltamos ao mesmo de sempre, uns querem a destruição de outros por questões religiosas, outros querem a destruição de uns porque andar a levar com "rockets" todos os anos é um bocado chato. Não quero estar aqui a dizer quem tem ou não razão, a questão é que eu acho que o mundo tem o apoio posto aonde não deve. Não é difícil de reparar em todo o apoio que a Palestina recebe de muitas organizações de caridade e até outros países. A questão é que esses apoios são controlados por partidos como o Hamas ou a Fatah e acabam por ir alimentar duas coisas, a propaganda religiosa e a "guerra santa". Por outro lado temos Israel a quem a compra de armamento não é de maneira alguma sancionada.
 No meio disto tudo supostamente tínhamos a ONU cujo trabalho seria controlar todas estas questões e como podemos ver falharam redondamente. A Paz no Médio Oriente não é possível enquanto a religião for o motor para tudo o que lá se passa. Desculpem mais uma vez mas a religião é um absurdo da humanidade e não sei como continua com todo este poder.
 Aquelas pessoas não precisam de mediadores que façam a vontade aos seus lideres, o que eles precisam é de algo que lhes abra a mente, da mesma forma que quem os apoia (aos lideres) deveria era mesmo abrir os olhos. Não há nada a ganhar naquela região e a paz passa por uma maior aceitação das diferenças entre povos e não numa aceitação das exigências de quem "manda".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um humilde vislumbre de estratégia



Em boa verdade, todos sabemos que não existe uma estratégia a longo prazo, talvez seja esse o verdadeiro factor de medo e que tira a esperança aos portugueses.
Já compreendemos que o único factor capaz de despertar a economia e, consequentemente, mitigar as questões orçamentais de endividamento e das mais diversas moratórias sobre as quais vivemos passa, na sua essência, pelo crescimento das exportações.
As exportações têm vindo a crescer, mas apenas de modo relativo, em termos absolutos ainda não são suficientes para quebrar a tendência recessiva que vivemos. O crescimento das exportações tem vindo a desacelerar, consequência da contracção dos mercados europeus, os principais mercados exportadores de Portugal.
Fica claro que tem de ser feita uma aposta na diversificação de mercados. Isso implica muita coisa. Primeiro, implica maior risco, fora da EU existem regras diferentes de comércio, tarifas e inúmeros outros factores fiscais, legais e alfandegários, bem como entraves diplomáticos e políticos. Tudo isso equivale a um acréscimo de risco considerável e no mundo económico o risco equivale a dinheiro pago em juros sobre investimentos.
Logicamente que esse risco tem que ser suportado pelo Estado, sem fontes privadas com segurança e disponibilidade para suportar esse risco, o Estado, pelo interesse nacional, deve apoiar estas empresas com seguros de crédito competitivos, condições privilegiadas de crédito, apoio burocrático nos países de destino das exportações, formulação de protocolos firmes e estáveis para quebrar as diversas barreiras bem como um estudo que permite conectar canais sustentáveis de distribuição entre os países importadores e Portugal.
Devemos, também, considerar benefícios fiscais, via IRC e TSU, para empresas exportadoras, facilidades de tesouraria em termos de pagamentos fiscais, pois em tempos de contracção do consumo interno, ou seja, o vulgo ajustamento, apenas o crescimento em volume permite diminuir o desemprego, a despesa social e, deste modo, reequilibrar o orçamento.
No entanto, tudo isto implica que haja uma política diplomática pró-activa e sem complexos capaz de jogar dentro da EU, a esfera natural de influência de Portugal, da CPLP e, em menor extensão, na NATO. Porém, para dar um exemplo concreto, pouco está a ser feito para que esta politica seja mais dinâmica e exerça mais pressão, no ano da cultura entre Brasil e Portugal, num mercado estável e com crescimento elevado e em que as empresas portuguesas podiam firmar bases de expansão para os diversos mercados da América latina, a oportunidade cultural falha por não ser vincada o suficiente pelas instituições oficiais de Portugal. Temos de fortalecer laços para poder ter manobra politica e influência suficiente para vencer barreiras proteccionistas do mercado brasileiro.
Fica igualmente claro que, num país pequeno que para crescer tem que se abrir ao mundo, a politica externa não pode ser um mero pormenor e que tem que ser trabalhada arduamente nos programas políticos dos diversos partidos, que não se limite à EU e, para isto, os portugueses tem que deixar de ser provincianos, estar preparados para competir, implicando isso conhecer o mundo global em que vivemos, as necessidades e as oportunidades que nele residem. É preciso que os portugueses tomem consciência da exigência oportuna que devem ter no debate politico e nas eleições em todos os pontos da vida politica, não apenas das questões internas, mas também da politica internacional e das consequências para o nosso país.
A cultura tem que ser uma porta de entrada para os mercados, é essa a mensagem que devemos reter da nossa época áurea: os Descobrimentos. Por isto, não se compreende o desinvestimento na cultura. A cultura devia ser apoiada e direccionada para o exterior, esse seria um cartão de visita para contactos mais firmes e cordiais aos acordos políticos. É na CPLP e nos mercados relacionados com estes países que Portugal deve investir diplomaticamente para as suas exportações poderem crescer, em mercados pujantes, em estabelecer pólos de crescimento orgânico e de distribuição sustentável em diferentes regiões.
Só depois de reajustar o nosso portefólio de mercados é que podemos pensar em investir em novas áreas, reestruturar indústrias, ajustar a capacidade produtiva e reavaliar e analisar as potenciais mais valias que podemos imprimir nos produtos vendidos lá fora.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sabias que...


Eu gosto de factos, normalmente são desarmantes e as pessoas gostam de os evitar, porque acabam com discussões estéreis e obriga-as a tomar atitudes, a deixar de esconder a cabeça debaixo da areia.










1º Facto da semana: A nacionalização do BPN vai custar até ao final do ano 4 mil milhões de euros, exactamente o que o palhaços que governam este país querem poupar com a 'refundação' do estado social. 2/3 do que o governo vai poupar com os cortes cegos que faz no OE de 2013. 
2º facto da semana: até agora ninguém foi responsabilizado pela falência de origem corrupta do banco.

Maior parte das vezes as questões éticas e morais não passam disso mesmo, e são apenas uma forma de dar o exemplo... Neste caso, usurpou o erário público de uma forma marcante, e os meninos andam a dizer que há funcionários públicos a mais. Pois há, são os conselheiros de Estado. O acabado do Mário Soares, o Jorge moralista Sampaio, o presidente do facebook e aqueles marmelos que aquecem os bancos da AR.

Se o banco foi mal nacionalizado? Não sei, se calhar era preciso para não haver contágio. Mas então se nós salvamos o sistema bancário que dá a mama a pessoas como o Fernando Ul(tra)rich como é que esta personagem vem dizer 'ai aguenta aguenta', mas não há ninguém que passe por ele na rua e lhe dê 3 chapadas e depois diga 'ai aguenta aguenta'?? Se nós salvamos o sistema bancário porque é que eles não ajudam o povo? Porque é que são eles que possuem maior parte da divida pública portuguesa e vão enriquecer à custa disso?

Vamos acabar com esta escumalha, vamos prendê-los, vamos buscar o dinheiro às contas deles estejam em Cabo Verde ou no cu de judas...

O Camilo Engraxador Lourenço já terá pensado nisto?

Pedro von Hafe Leite

A eleição de que o mundo "depende"

 Quem me conhece sabe que pró-americano eu não sou mas reconheço a importância que aquele país tem no destino da economia e paz mundial. Esta terça-feira realizam-se as eleições presidenciais dos EUA e como sempre todo o mediatismo à volta de tal acontecimento não deixa ninguém de parte. Para começar aponto o mediatismo como um problema, as pessoas não deviam votar pela fama e popularidade de um candidato mas sim pelo que fez ou está disposto a fazer. Quando milhares de pessoas deliram com duas palavras do filho ("Vote for daddy") de Barack Obama eu não deixo de pensar que se calhar não é isso que importa. Talvez pior que isso é o candidato republicano Mitt Romney não saber o que fazer a não ser sustentar interesses de terceiros, principalmente no que toca às forças armadas.
 Tendo acompanhado a campanha eleitoral, não deixo de reparar que as pessoas (americanos) acusam Obama de não ter cumprido nenhuma das suas promessas. Ora portanto, com um congresso dominado pelos republicanos é apenas natural (devido à natureza da estupidez humana) que nenhuma lei minimamente decente seja aprovada logo o culpado directo passa a ser, claro está, o senhor Obama. Não que eu apoie claramente o homem mas com tanta burrice do lado republicano eu não deixo de começar a torcer por ele. Por exemplo o ainda presidente quer implementar algo parecido com um serviço nacional de saúde e é tremenda a quantidade pessoas que está contra... Mitt Romney anuncia um aumento do orçamento para gastos militares e ninguém sai à rua em protesto, como é isto possível?
 Com isto quero chegar ao debate (o ultimo entre os dois) que para mim definiu os dois caminhos que o mundo pode seguir, são esses a III Guerra Mundial, ou, uma recuperação lenta e dolorosa da economia ocidental.
  Isto porque a conclusão a que pude chegar foi a seguinte: Mitt Romney quer potenciar as capacidades militares americanas para que o cenário de guerra com o Irão se torne cada vez mais real, ao mesmo tempo decide alertar para o "perigo" que os russos ainda representam. Obama quer potenciar a economia (depois de ter evitado que a mesma colapsa-se totalmente) e resolver através da diplomacia os problemas com o Irão, ao mesmo tempo que sobre os russos apenas tem a dizer a Romeny: "Saia dos anos 80". Depois de décadas em que os europeus deixaram que a economia americana ditasse a saúde da "nossa" economia, temos que ter em conta os nossos interesses e apesar da protecção que Obama deu aos bancos e às agências de rating penso sinceramente que se Obama não ganhar a nossa situação vai piorar ainda mais.

domingo, 28 de outubro de 2012

CHULO!


Chulo, chulo é quem vive à custa do trabalho dos outros!
Ex: 1) quem mantêm emprego, 12º, 13º e 14º mês, recebe salário pago pelos impostos dos outros e ainda vêm exigir aumentos, ou a manutenção de “direitos adquiridos” (como o aumento de salários de função pública e descida do IVA pelo Sócrates só para ganhar eleições)! Quando aqueles que lhes pagam os salários estão a ser despedidos ou lutam para manter as empresas abertas!
Não é Este governo que está mal, o que está e esteve mal nos últimos 30 anos foram TODOS os governos e governantes e o modelo social Português (e Europeu) em que se vivia na esquizofrenia colectiva de que se podia ter eternamente um estilo de vida acima do que a economia produzia, com o dinheiro emprestado dos outros!
Por isso, enquanto não se acabar de vez com o modelo que nos fez ter cá o FMI 3x em 30 anos (quantas vezes mais nos terão que salvar da bancarrota para acordarmos e assumirmos que estamos errados?!) e se terminar com: PPPs ruinosas, subsídios de inserção e de rendimento mínimo (que serve para muitos estarem a viver sem fazer nada), regalias escandalosas que o sector publico tem em relação ao privado, “gestores” públicos que levam empresas à falência e não são condenados por isso, políticos que saem dos cargos e vão para empresas publicas ter “tacho” (ex. ex-presidente da CM Porto que nunca trabalhou no sector energético e foi para quadro da GALP), etc,etc,etc, isto nunca vai mudar.
Assim, chegamos ao ponto em que temos que decidir se preferimos i) manter o excesso de pessoas que vivem á custa do “estado” (estado - todos nós) e continuar na senda da subida de impostos para pagar isso, ou ii) aliviamos o sector publico (despedimos essas pessoas e elas são obrigadas, por necessidade, a produzir para sobreviver) e a carga fiscal sobre o resto da população diminui e permite o retomar da economia? Pois, no fundo é isso que está em causa. Porque quando se diz aquilo com que todos concordam, que há que cortar nas “gorduras do estado” (ex: carros com motorista para gestores e secretários) estamos a dizer que vamos despedir esses motoristas! Mas quando isso é tentado fazer há logo manifestações de opinião contra e os sindicatos vêm-se opor pois estamos a “despedir pessoas”! Se isto não é paradoxal e indicativo de uma sociedade mal estruturada, mas que não quer mudar, e portanto sem rumo, não sei o que será…! 
O que é que VOCÊ vai FAZER em relação a isso?