"Clap Clap Clap" este é o meu aplauso a vós sociedade, espero que quando a bolha em que vivemos rebentar tenham a coragem de encarar o mundo. Nós até somos uns cordeiros especiais, temos a hipótese de escolher os nossos pastores e acreditem que desde que isso se tornou possível os temos escolhido muito mal. O que quero dizer com tudo isto é que o nosso mundo está em mudança e eu não espero que seja para melhor e o maior problema é que se calhar não somos assim tantos os atentos a essa mudança, as pessoas parecem não se importar e isso como habitante deste calhau perdido no Universo deixa-me no mínimo aborrecido...
terça-feira, 31 de julho de 2012
Somos todos uns cordeiros
Publicada por
Nuno Soares
Neste momento a humanidade vive num período de incerteza sobre aquilo que está para vir. Crises económicas, guerras, doenças que começam a ser resistentes contra os medicamentos para elas criados etc etc... Nós os ocidentais que tudo tínhamos para impedir ou pelo menos atenuar muitas destas situações preferimos dar mais importância à próxima bebedeira, à roupa que serve ou deixa de servir, ao ginásio (para fortalecer o corpo já que a mente não dá para mais) às férias no Algarve (se forem portugueses) à final dos Ídolos e até mesmo à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Falo claro de nós os cordeiros, o povo, o zé povinho como preferirem, sim, nós que podíamos estar mais ligados ao que se passa pelo mundo, ser reactivos com aquilo que nos dizem desde políticos à imprensa não, "preferimos" fazer tudo aquilo que eu referi antes.
domingo, 29 de julho de 2012
Rescaldos
Publicada por
Pedro von Hafe Leite
Depois de 4 anos de
crise o rescaldo é: uma queda de um governo; aumento de impostos; congelamento
de salários; corte de subsídios; aumento atroz do desemprego; fecho de
empresas; uma economia mais fraca; um SNS mais fragilizado e centralizado, tal
como a justiça; aumento dos transportes, da electricidade, gás e água.
O último ano foi
especialmente difícil, não só na real vivência das pessoas, mas também com o
constante bombardeamento com notícias alarmantes e soluções mirabolantes. Notícias
de uma Grécia desfeita em que as pessoas da classe média começavam a passar
fome.
Agora com o chumbo do
Tribunal Constitucional novas medidas são esperadas em Setembro. A situação
espanhola também não ajuda e adivinha-se uma saída em dominó do Euro, com
início na Grécia. As medidas como sempre não atingirão os mais ricos, os
senhores do poder, esses continuam intocáveis enquanto o Povo estiver a dormir.
Esperam-nos momentos
históricos, de grandes dificuldades. Seremos, somos, a primeira geração que
terá de viver abaixo da geração anterior. Que isso nos traga uma reconstrução da
escala de valores, com primazia pelas relações pessoais ao invés dos bens
materiais.
Pedro von Hafe Leite
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Quando as zebras viram cavalos - Da viagem individual à social.
Publicada por
RuiJFSilva
Por vezes temos de mudar o paradigma com que enfrentamos a
vida, porque queremos ou porque a isso somos obrigados.
Este é em si um processo moroso, trabalhoso e muito, muito
difícil. No início vamos negar essa necessidade / realidade, até que ela se
torna tão evidente que somos forçados a fazer alguma coisa, mas mesmo aí,
começamos a faze-lo contrariados e irritados com isso (porque eu?!). Ao mesmo
tempo quereremos passar rapidamente para essa nova forma de estar, para essa
nova zona de conforto, mesmo que para isso se tenha de ultrapassar passos do
processo.
Contudo, haverá um período em que já não se tem o paradigma
antigo funcional e o novo ainda não está robusto. Aí sentimo-nos perdidos, sem
referências, não sabemos como reagir, nem por onde ir. Nesses momentos,
agarramo-nos com todas as forças á mais pequena centelha de luz que nos
mantenha no caminho para paradigma novo, mesmo que seja step by step.
No entanto, por vezes, esse novo paradigma falha mesmo antes
de estar completo, e, conjuntamente, aqueles que nos poderiam ajudar a
ultrapassar esse momento, não estão ou abandonam-nos, e a centelha
apaga-se.
Nesse momento, encontramo-nos sem antes nem depois, desesperados
e angustiados e praticamente já só vemos zebras (problemas). Aí agarramo-nos ao(s)
único(s) cavalos (coisas boas) que supostamente temos, mas fazemo-lo com uma
força tal que, se por um lado nos tornamos completamente seus dependentes (e
não chega para as nossas necessidades), por outro, sufocamo-lo(s) com esse
esforço.
Então, temos que tomar a decisão mais difícil de todas:
larga-lo(s), deixa-lo(s), perde-lo(s), ficar-mos completamente sós perante um
mar de zebras. Pois só aí, quando assumir-mos que um problema sem solução é um
facto e que não vem, nem há, ninguém para nos ajudar, é que seremos obrigados
a, por dolorosa e extenuante tentativa e erro, a aprender a cavalgar zebras.
Então, quando as zebras se tornarem cavalos, não porque
amansaram ou alguém ou fez por nós, mas porque nos tornamos fortes, resistentes
e resolutos, será aí que teremos o nosso novo paradigma. Um paradigma em que
precisamos muito pouco dos outros, porque somos auto-suficientes, e o que nos
“dão” permite-nos crescer e não colmatar deficits.
Esta viagem individual expressa a viagem colectiva que o pais
tem de fazer para resolver os problemas estruturais que possui.
È preciso um novo paradigma para a sociedade portuguesa. Podemos
nega-lo, irritar-nos, negociar, ficar deprimidos com isso e não sair daqui, ou
podemos aceitar os nossos erros, falhas e problemas como factos e trabalha-los
até se tornarem virtudes. Até termos uma sociedade que produz quase tudo o que
precisa e não tem que estar dependentes do outros. Uma sociedade que vale por
si e que deixa de ser um pedinte para passar a ser um contribuidor robusto.
Será uma viagem difícil e penosa, mas é um caminho necessário
e que ninguém poderá percorrer por nós!
O que é que VOCÊ vai FAZER em relação a isso?
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Profissão: Ex-Ministro
Publicada por
Pedro von Hafe Leite
Era este o título de uma
reportagem que deu ontem na sic e que entrevistava vários ex-ministros ou
membros governativos que tiveram ou têm ligações a empresas cuja tutela era administrada
por eles, antes ou depois de passarem para administradores das mesmas.
É escandaloso a falta de
vergonha na cara que estas pessoas têm. A maneira como encaram este tipo de
atitude. Se não está na lei, pode-se fazer. Metendo no bolso a dignidade e a
honra (a tal que citam quando fazem o juramento e que no dia a seguir se
esquecem).
Penso que urge legislar
sobre este assunto, criando um período de nojo de 5 anos anterior e posterior a
tomada de posse. Ou seja, só se poderia assumir o cargo de ministro se nos
cinco anos anteriores não tivesse qualquer ligação a empresas que iria tutelar.
E saindo do cargo durante 5 anos não poderia administrar essas mesmas empresas.
E, quanto a mim, seria justo e honesto proibir de uma forma perpétua que estes
ministros tivessem alguma ligação a empresas com as quais tivessem feito
qualquer tipo de contrato, pelo menos enquanto esse contrato estiver em vigor.
Não alinho com a ideia
de que os ministros devem ganhar muito mais de forma a não serem tentados a
aceitar estes cargos. A desonestidade não deve ser controlada comprando a
honestidade. Se estes senhores não se sujeitam a ganhar menos em prol da Nação então
também não fazem falta e, certamente, não irão desempenhar os seus cargos com o
bem do Povo como fito, mas sim com os seus interesses e das suas ex/futuras
empresas.
Se estes senhores são tao
bom gestores de certeza que arranjam emprego em empresas que não tutelaram, ou
até no estrangeiro. O problema é que é falso que eles sejam bons, o que eles
fazem qualquer dona de casa faria (se calhar melhor até) o que eles têm é muito
poder que lhes permite usurparem o erário público em prol das suas contas
bancárias.
E andam com um sorriso
na cara e aí na rua. E o povo é sereno…
A reportagem pode ser vista aqui!
Pedro von Hafe Leite
segunda-feira, 2 de julho de 2012
O Português
Publicada por
Pedro von Hafe Leite
Neste belissímo link: http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-educacao-e-ciencia/mantenha-se-atualizado/20120628-mec-metas-curriculares-ensbasico.aspx podemos ver algumas metas que o Ministério da Educação traça para 5 disciplinas. Saliento a do 5º ano de Português:
'Ler em voz alta palavras e textos.
1. Ler corretamente um mínimo de 110 palavras por minuto numa situação de
leitura de uma lista de palavras de um texto apresentadas quase aleatoriamente.
2. Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma velocidade de leitura
de, no mínimo, 140 palavras por minuto.'
Agora sim, estamos bem governados e teremos juventude preparada para encarar o futuro!
Despeço-me com este apontamento humorístico que o tempo escasseia.
Pra semana falarei de coisas sérias.
(louros para Fernando Alvim que descobriu estas pérolas)
Pedro von Hafe Leite
'Ler em voz alta palavras e textos.
1. Ler corretamente um mínimo de 110 palavras por minuto numa situação de
leitura de uma lista de palavras de um texto apresentadas quase aleatoriamente.
2. Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma velocidade de leitura
de, no mínimo, 140 palavras por minuto.'
Agora sim, estamos bem governados e teremos juventude preparada para encarar o futuro!
Despeço-me com este apontamento humorístico que o tempo escasseia.
Pra semana falarei de coisas sérias.
(louros para Fernando Alvim que descobriu estas pérolas)
Pedro von Hafe Leite
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