terça-feira, 20 de novembro de 2012

E mais uma vez...

...Israel e a Palestina entram em conflito. Voltamos ao mesmo de sempre, uns querem a destruição de outros por questões religiosas, outros querem a destruição de uns porque andar a levar com "rockets" todos os anos é um bocado chato. Não quero estar aqui a dizer quem tem ou não razão, a questão é que eu acho que o mundo tem o apoio posto aonde não deve. Não é difícil de reparar em todo o apoio que a Palestina recebe de muitas organizações de caridade e até outros países. A questão é que esses apoios são controlados por partidos como o Hamas ou a Fatah e acabam por ir alimentar duas coisas, a propaganda religiosa e a "guerra santa". Por outro lado temos Israel a quem a compra de armamento não é de maneira alguma sancionada.
 No meio disto tudo supostamente tínhamos a ONU cujo trabalho seria controlar todas estas questões e como podemos ver falharam redondamente. A Paz no Médio Oriente não é possível enquanto a religião for o motor para tudo o que lá se passa. Desculpem mais uma vez mas a religião é um absurdo da humanidade e não sei como continua com todo este poder.
 Aquelas pessoas não precisam de mediadores que façam a vontade aos seus lideres, o que eles precisam é de algo que lhes abra a mente, da mesma forma que quem os apoia (aos lideres) deveria era mesmo abrir os olhos. Não há nada a ganhar naquela região e a paz passa por uma maior aceitação das diferenças entre povos e não numa aceitação das exigências de quem "manda".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um humilde vislumbre de estratégia



Em boa verdade, todos sabemos que não existe uma estratégia a longo prazo, talvez seja esse o verdadeiro factor de medo e que tira a esperança aos portugueses.
Já compreendemos que o único factor capaz de despertar a economia e, consequentemente, mitigar as questões orçamentais de endividamento e das mais diversas moratórias sobre as quais vivemos passa, na sua essência, pelo crescimento das exportações.
As exportações têm vindo a crescer, mas apenas de modo relativo, em termos absolutos ainda não são suficientes para quebrar a tendência recessiva que vivemos. O crescimento das exportações tem vindo a desacelerar, consequência da contracção dos mercados europeus, os principais mercados exportadores de Portugal.
Fica claro que tem de ser feita uma aposta na diversificação de mercados. Isso implica muita coisa. Primeiro, implica maior risco, fora da EU existem regras diferentes de comércio, tarifas e inúmeros outros factores fiscais, legais e alfandegários, bem como entraves diplomáticos e políticos. Tudo isso equivale a um acréscimo de risco considerável e no mundo económico o risco equivale a dinheiro pago em juros sobre investimentos.
Logicamente que esse risco tem que ser suportado pelo Estado, sem fontes privadas com segurança e disponibilidade para suportar esse risco, o Estado, pelo interesse nacional, deve apoiar estas empresas com seguros de crédito competitivos, condições privilegiadas de crédito, apoio burocrático nos países de destino das exportações, formulação de protocolos firmes e estáveis para quebrar as diversas barreiras bem como um estudo que permite conectar canais sustentáveis de distribuição entre os países importadores e Portugal.
Devemos, também, considerar benefícios fiscais, via IRC e TSU, para empresas exportadoras, facilidades de tesouraria em termos de pagamentos fiscais, pois em tempos de contracção do consumo interno, ou seja, o vulgo ajustamento, apenas o crescimento em volume permite diminuir o desemprego, a despesa social e, deste modo, reequilibrar o orçamento.
No entanto, tudo isto implica que haja uma política diplomática pró-activa e sem complexos capaz de jogar dentro da EU, a esfera natural de influência de Portugal, da CPLP e, em menor extensão, na NATO. Porém, para dar um exemplo concreto, pouco está a ser feito para que esta politica seja mais dinâmica e exerça mais pressão, no ano da cultura entre Brasil e Portugal, num mercado estável e com crescimento elevado e em que as empresas portuguesas podiam firmar bases de expansão para os diversos mercados da América latina, a oportunidade cultural falha por não ser vincada o suficiente pelas instituições oficiais de Portugal. Temos de fortalecer laços para poder ter manobra politica e influência suficiente para vencer barreiras proteccionistas do mercado brasileiro.
Fica igualmente claro que, num país pequeno que para crescer tem que se abrir ao mundo, a politica externa não pode ser um mero pormenor e que tem que ser trabalhada arduamente nos programas políticos dos diversos partidos, que não se limite à EU e, para isto, os portugueses tem que deixar de ser provincianos, estar preparados para competir, implicando isso conhecer o mundo global em que vivemos, as necessidades e as oportunidades que nele residem. É preciso que os portugueses tomem consciência da exigência oportuna que devem ter no debate politico e nas eleições em todos os pontos da vida politica, não apenas das questões internas, mas também da politica internacional e das consequências para o nosso país.
A cultura tem que ser uma porta de entrada para os mercados, é essa a mensagem que devemos reter da nossa época áurea: os Descobrimentos. Por isto, não se compreende o desinvestimento na cultura. A cultura devia ser apoiada e direccionada para o exterior, esse seria um cartão de visita para contactos mais firmes e cordiais aos acordos políticos. É na CPLP e nos mercados relacionados com estes países que Portugal deve investir diplomaticamente para as suas exportações poderem crescer, em mercados pujantes, em estabelecer pólos de crescimento orgânico e de distribuição sustentável em diferentes regiões.
Só depois de reajustar o nosso portefólio de mercados é que podemos pensar em investir em novas áreas, reestruturar indústrias, ajustar a capacidade produtiva e reavaliar e analisar as potenciais mais valias que podemos imprimir nos produtos vendidos lá fora.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sabias que...


Eu gosto de factos, normalmente são desarmantes e as pessoas gostam de os evitar, porque acabam com discussões estéreis e obriga-as a tomar atitudes, a deixar de esconder a cabeça debaixo da areia.










1º Facto da semana: A nacionalização do BPN vai custar até ao final do ano 4 mil milhões de euros, exactamente o que o palhaços que governam este país querem poupar com a 'refundação' do estado social. 2/3 do que o governo vai poupar com os cortes cegos que faz no OE de 2013. 
2º facto da semana: até agora ninguém foi responsabilizado pela falência de origem corrupta do banco.

Maior parte das vezes as questões éticas e morais não passam disso mesmo, e são apenas uma forma de dar o exemplo... Neste caso, usurpou o erário público de uma forma marcante, e os meninos andam a dizer que há funcionários públicos a mais. Pois há, são os conselheiros de Estado. O acabado do Mário Soares, o Jorge moralista Sampaio, o presidente do facebook e aqueles marmelos que aquecem os bancos da AR.

Se o banco foi mal nacionalizado? Não sei, se calhar era preciso para não haver contágio. Mas então se nós salvamos o sistema bancário que dá a mama a pessoas como o Fernando Ul(tra)rich como é que esta personagem vem dizer 'ai aguenta aguenta', mas não há ninguém que passe por ele na rua e lhe dê 3 chapadas e depois diga 'ai aguenta aguenta'?? Se nós salvamos o sistema bancário porque é que eles não ajudam o povo? Porque é que são eles que possuem maior parte da divida pública portuguesa e vão enriquecer à custa disso?

Vamos acabar com esta escumalha, vamos prendê-los, vamos buscar o dinheiro às contas deles estejam em Cabo Verde ou no cu de judas...

O Camilo Engraxador Lourenço já terá pensado nisto?

Pedro von Hafe Leite

A eleição de que o mundo "depende"

 Quem me conhece sabe que pró-americano eu não sou mas reconheço a importância que aquele país tem no destino da economia e paz mundial. Esta terça-feira realizam-se as eleições presidenciais dos EUA e como sempre todo o mediatismo à volta de tal acontecimento não deixa ninguém de parte. Para começar aponto o mediatismo como um problema, as pessoas não deviam votar pela fama e popularidade de um candidato mas sim pelo que fez ou está disposto a fazer. Quando milhares de pessoas deliram com duas palavras do filho ("Vote for daddy") de Barack Obama eu não deixo de pensar que se calhar não é isso que importa. Talvez pior que isso é o candidato republicano Mitt Romney não saber o que fazer a não ser sustentar interesses de terceiros, principalmente no que toca às forças armadas.
 Tendo acompanhado a campanha eleitoral, não deixo de reparar que as pessoas (americanos) acusam Obama de não ter cumprido nenhuma das suas promessas. Ora portanto, com um congresso dominado pelos republicanos é apenas natural (devido à natureza da estupidez humana) que nenhuma lei minimamente decente seja aprovada logo o culpado directo passa a ser, claro está, o senhor Obama. Não que eu apoie claramente o homem mas com tanta burrice do lado republicano eu não deixo de começar a torcer por ele. Por exemplo o ainda presidente quer implementar algo parecido com um serviço nacional de saúde e é tremenda a quantidade pessoas que está contra... Mitt Romney anuncia um aumento do orçamento para gastos militares e ninguém sai à rua em protesto, como é isto possível?
 Com isto quero chegar ao debate (o ultimo entre os dois) que para mim definiu os dois caminhos que o mundo pode seguir, são esses a III Guerra Mundial, ou, uma recuperação lenta e dolorosa da economia ocidental.
  Isto porque a conclusão a que pude chegar foi a seguinte: Mitt Romney quer potenciar as capacidades militares americanas para que o cenário de guerra com o Irão se torne cada vez mais real, ao mesmo tempo decide alertar para o "perigo" que os russos ainda representam. Obama quer potenciar a economia (depois de ter evitado que a mesma colapsa-se totalmente) e resolver através da diplomacia os problemas com o Irão, ao mesmo tempo que sobre os russos apenas tem a dizer a Romeny: "Saia dos anos 80". Depois de décadas em que os europeus deixaram que a economia americana ditasse a saúde da "nossa" economia, temos que ter em conta os nossos interesses e apesar da protecção que Obama deu aos bancos e às agências de rating penso sinceramente que se Obama não ganhar a nossa situação vai piorar ainda mais.